No Ministério da Agricultura<br>a luta vai prosseguir

No plenário de 27 de Abril, junto à residência oficial do primeiro-ministro, os trabalhadores decidiram «dar continuidade às acções de luta até agora desenvolvidas, quer no plano local, quer no plano nacional, com a realização de novos plenários, nos locais de trabalho do Ministério da Agricultura. Desenvolvimento Rural e Pescas, e com a participação na greve geral», a 30 de Maio.
Na resolução, aprovada e entregue ao cuidado de José Sócrates, recorda-se que «ao longo deste mês e desde que o processo da mobilidade especial foi iniciado, foram realizados dezenas de plenários, com uma participação massiva dos trabalhadores, e concretizadas diversas acções de luta no plano local, com destaque para o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária e para a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve».
Mais de três mil trabalhadores, de diversos organismos e serviços, estão notificados para passarem à situação de «mobilidade especial», num processo vivamente contestado pela Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, que promoveu o plenário de sexta-feira. A resolução retoma os pontos principais da crítica sindical, nomeadamente, o facto de o ministro Jaime Silva ter imposto, primeiro, uma redução dos efectivos em 30 por cento, como condicionante para a definição das estruturas orgânicas no Ministério. A par da redução de pessoal, a intenção de privatizar serviços fica evidente no lançamento de concursos para contratação de empresas privadas, que vão actuar em organismos onde há trabalhadores para serem dispensados, como o INGA.
A par da luta sindical, os trabalhadores atingidos estão a responder às notificações, iniciando «uma batalha jurídica que só poderá parar nos tribunais», refere-se na resolução.


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